A democracia deliberativa afirma a necessidade de justificar a decisão tomada por cidadãos e seus representantes. Espera-se que ambos justifiquem as leis que eles imporiam um ao outro. Sua primeira e mais importante característica então, é sua exigência de justificação. Os “agentes” da democracia deliberativa devem saber justificar as leis sob as quais eles devem viver juntos A democracia deliberativa mantém a possibilidade de um diálogo continuado: uma decisão é sempre provisória no sentido de que deve estar aberta para ser questionada em algum momento no futuro. Não podemos ter a certeza de que a decisão que julgamos correta hoje será correta amanhã: a história já demonstrou várias vezes isso. E mesmo as decisões que parecem mais acertadas em um determinado momento podem parecer menos justificáveis à luz de evidências posteriores. Por isso um dos objetivos da democracia deliberativa é promover a legitimidade das decisões coletivas, encorajar a participação popular sobre assuntos públicos, promover processos mutuamente respeitáveis de tomada de decisão, ajudar a corrigir os erros de tomada de decisão dos cidadãos e agentes públicos já que todos são passíveis de erros ao tomar decisões coletivas. Como tomar decisões legítimas para a sociedade como um todo, em face da discordância e de opiniões divergentes? Não se trata apenas do fato de que as pessoas possam discordar umas das outras, mas sim de que algumas discordâncias podem ser bastante razoáveis, mesmo quando não representem a opinião da maioria. Quando os cidadãos discordam sobre assuntos como a moralidade do aborto, pena de morte, financiamento de campanha eleitoral, como chegar a um acordo? Pode acontecer neste caso que algumas discordâncias não podem ser resolvidas pela deliberação em nenhum momento. Mesmo assim os governos devem tomar decisões.
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