Evolução histórica da democracia
Em época de eleição para prefeito e vereadores, é necessária uma reflexão sobre a evolução histórica da democracia, regime este que nos permite escolher e atuar politicamente em prol de um bem coletivo.
A democracia surgiu em Atenas, na Grécia Antiga, e era um regime em que todo cidadão deveria se manifestar diretamente, reunindo-se e votando em assembleias a fim de tomar decisões acerca da vida da sua cidade. Tal regime pode, a princípio, parecer ideal, entretanto, ser cidadão ateniense era a condição de uma minoria (cerca de 10% da população), já que mulheres, escravos e estrangeiros estavam excluídos da participação política. Apesar dos pesares, esse foi ponto fundamental, pois o surgimento do ideal democrático (governo do povo) vinha se contrapor a dois outros regimes políticos da época: a monarquia (governo de uma pessoa só) e a oligarquia (governo de um grupo de elite).
Durante a idade média, salvo alguns poucos exemplos, a Europa ficou dividida em feudos, onde o poder era exercido pelos senhores feudais locais e a maioria da população, composta por servos agricultores, ficava completamente alheia ao processo político.
Por volta de 1490, quando os europeus chegaram ao continente americano, foram encontrados traços democráticos em sociedades tupis, pois antes de tomarem qualquer decisão importante que envolvesse a comunidade, se reuniam em assembleias lideradas pelos mais idosos e todos tinham o direito de expressar sua opinião, exceto mulheres e crianças.
Mesmo surgido na Grécia Antiga e ter perpassado pelas ideias de certos pensadores romanos, o ideal democrático apenas voltou a ser discutido mais fortemente na Idade Moderna a partir dos séculos XVII e XVIII, quando intelectuais começaram a questionar o poder absoluto do governante. Pensadores iluministas como Voltaire, Locke, Rousseau, Diderot e Montesquieu, dessa forma, passaram a defender uma maior participação popular no governo.