Evolucionismo Cultural

Evolucionismo Cultural A obra aborda textos de três autores clássicos do pensamento evolucionista na antropologia: Lewis Henry Morgan (1818-1881), Edward Burnett Tylor (1832-1917) e James George Frazer (1854-1941). As datas de publicação original dos textos –entre -1871 e 1908- correspondem aproximadamente aos limites do período de hegemonia do evolucionismo no pensamento antropológico. Devido as suas dedicações aos estudos antropológicos são considerados pai da antropologia, mas é importante não reduzir a obra desses autores ao rótulo de “Evolucionistas” mesmo que eles tenham de fato sido expoentes dessa corrente de ideias. Há diferencias entre os autores do período clássico do evolucionismo cultural em relação a aspectos tanto teórico quanto de interpretação etnográfica. Mas suas ideias gerais eram convergentes. Porém é preciso desfazer um equivoco bastante comum: pensar que a ideia de evolução como explicação para a diversidade cultura humana é decorrência direta da ideia de evolução biológica marcada pela publicação, em 1859, do livro do naturalista Charles Darwin, Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural. A descoberta de artefatos humanos junto com ossos de mamutes e outros animais, juntamente com o livro de Darwin causou um grande impacto influenciando a teologia, a filosofia, a politica e também a nascente antropologia. Para muitos estudiosos da história do progresso humano a influência da obra do filosofo inglês Herbert Spencer (1820-1903) teve maior impacto do que as teorias darwinistas. Porém, Darwin não foi o primeiro a dar uma definição para “evolução”. O grande responsável por sua popularização foi Herbert Spencer, que já havia usado “evolução” em seu livro Estática Social. Em quanto a teoria de Darwin não teve uma direção ou progresso unilineares as ideias filosóficas de Spencer levavam á disposição de todas as sociedades conhecidas segundo uma única escala evolutiva ascendente,