Eutanásia

Eutanásia é uma palavra derivada do grego, que significa “boa morte”. É uma forma de antecipar a morte de um paciente de medicina paliativa ou um paciente terminal, como se diz popularmente. Trata-se de assunto muito polêmico, visto que pode ser tratado sob dois enfoque diferentes; o de aliviar-se o sofrimento humano por uma doença que não terá cura, ou o de provocar o a morte de uma pessoa que ainda poderia ter alguma chance de sobrevivência. Podemos dizer que sob a ótica de possível paciente no futuro, mesmo para os que são a favor da eutanásia, é bastante complexa a situação, já que, se autorizada, consistiria em uma forma de terminar com o sofrimento quando em situação de paciente terminal, entretanto, quais seriam os requisitos para que um paciente fosse considerado “paciente terminal”? Ou, ainda, caso fosse autorizada a eutanásia para paciente, ainda que não em fase terminal, mas com dores constantes e em nível insuportável, qual seria o limite da dor suportável? Ademais, sabe-se que muitos pacientes que encontram-se sob grande sofrimento, naquele momento podem preferir a morte à tanto sofrimento, no entanto, pode tratar-se de sofrimento passageiro, outrossim, nesse momento o paciente estará extremamente abalado psicologicamente e pode não ter condições de tomar uma decisão de tamanha proporção. Nesse contexto, podemos verificar na própria história do Dr. Jack Kevorkian (Dr. Morte), quando um de seus pacientes, após solicitado a dizer claramente o que queria, limitou-se a dizer “quero acabar logo com isso”, não manifestando sua vontade pela morte, apenas pelo fim do sofrimento. Além do caso da senhora que sofria de dores insuportáveis por suposta doença degenerativa, que após análise profunda de seu corpo, não encontrou sequer indícios da doença, ou seja, poderia ser apenas doença psicológica, passível de cura. Além de tudo isso, a autorização da eutanásia, ainda que a princípio dependesse de um tratamento vital, futuramente esse direito estaria