EUTANÁSIA
ARGUMENTOS CONTRA A EUTANÁSIA Os argumentos contra a eutanásia se baseiam na santidade da vida, bem como nas consequências destruidoras do núcleo social, caso fosse considerado o tabu existente que não permite ao médico matar o paciente, ainda que com o objetivo de aliviar o seu sofrimento. A eutanásia seria um passo em direção ao abismo cuja consequência seria um total desrespeito à vida humana. Risco sócio-político Como política de saúde, a eutanásia é inaceitável em razão da probabilidade ou inevitabilidade da eutanásia involuntária. Ou seja, se criaria a possibilidade de pessoas serem "eutanizadas" contra o seu consentimento. Existem quatro maneiras possíveis de isso ocorrer. Na Holanda, há relatos de pacientes vulneráveis de serem submetidos à eutanásia "secreta", ou seja, sem o seu consentimento. A segunda probabilidade é a ocorrência da eutanásia "estimulada", ensejando que pacientes cronicamente enfermos, ou com doenças terminais, sejam estimulados, ou pressionados, a decidir pela eutanásia, como forma de aliviar a carga de sofrimento e a ocorrência de gasto financeiro da família. O problema é potencialmente mais grave em países em desenvolvimento, onde poucos são os que têm acesso aos serviços de saúde, ou, se o possuem através do seguro saúde, estão limitados pelas restrições de suas apólices. Não se pode esquecer o estímulo à eutanásia por parte de herdeiros inescrupulosos. A terceira possibilidade seria a ocorrência da eutanásia "discriminatória", permitindo que grupos mais frágeis e menos favorecidos -econômica, política e fisicamente (deficientes físicos e mentais, alcoólatras, aidéticos, viciados em drogas, idosos e crianças)- sejam coagidos a "requerer" a prática. Isto seria ainda mais frequente em sociedades em que a discriminação é comum, o que elevaria particularmente o risco de esses grupos serem