O Caso dos Irmãos Naves
Os irmãos foram acusados pelo desaparecimento de seu primo Benedito Caetano - que era sócio deles em um caminhão em que transportavam grãos -, após este ter descontado um cheque com valor referente ao lucro de uma das cargas.
Os próprios irmãos prestaram queixa na delegacia, levantado a suspeita do então novo delegado da cidade, e este deu início as investigações contra os eles na convicção de que tivessem assassinado Benedito . Dessa forma, sem provas os irmãos Naves foram presos e submetidos a cruéis seções de torturas, que se estenderam aos seus familiares, momento no qual ocorrera em que sua mãe, dona Ana Rosa, fora estuprada pelos policiais, seus parentes presos privados de alimentação, agasalhos e água, resultando na morte do filho mais novo de Sebastião. Todas essas atrocidades faziam parte da tentativa da policia em desvendar o suposto crime.
Diante das torturas, os irmãos chegaram a "confessar" terem cometido o crime de latrocínio contra Benedito. Após tal confissão D. Ana procurou o advogado João Alany o qual convencido pelo drama vivido pela família se comprometeu a defender os irmãos. E de forma incansável tentou várias vezes através de HCs e recursos, provar que a confissão do crime teria sido alcançada por meio de torturas e intensa coação. Nesse contexto, a mãe dos irmãos também é presa acusada de cumplicidade no crime.
Em um primeiro julgamento eles são absolvidos pelos jurados, mas a promotoria recorre à decisão alegando a falta de unanimidade do júri, resultando em outro julgamento realizado pelo Tribunal Popular.
Já em 1939 os réus são novamente absolvidos e o Ministério Público mais uma vez recorre com a mesma alegação à falta de unanimidade do júri, e assim, os irmãos são condenados a uma pena de 25 anos e 6 meses de