O Caso dos Irmãos Naves
O livro conta a história dos irmãos Naves (Sebastião José Naves e Joaquim Rosa Naves), que foi considerado um dos maiores erros judiciais cometidos no Brasil. O caso aconteceu em 1937, na cidade Mineira de Araguari.
Os irmãos Naves trabalhavam na lavoura e comercialização de cereais e, Joaquim era sócio de seu primo, Benedito Pereira Caetano, o qual comprava sacas de arroz para revendê-las, porém o preço do arroz cai e, Benedito vendo que não teria lucro, embolsou o dinheiro e despareceu. Em razão de tal fato, os irmãos Naves vão até a delegacia registrar a queixa e são acusados pelo sumiço de Benedito Caetano. É então que se inicia o drama da família.
Um delegado militar é convocado para conduzir as investigações, Francisco Vieira dos Santos, figura indispensável ao deslinde da história. Francisco intimou várias testemunhas e uma delas, amigo de Benedito, sugeriu ao delegado que os responsáveis pelo sumiço de Benedito eram os Irmãos Naves, e ele preferiu seguir por esta pista.
Então, os Naves e Prontidão, uma das testemunhas são presos e sofrem muitas agressões, passam fome e sede, e Prontidão não vendo outra alternativa muda seu testemunho e afirma que os irmãos são os culpados, mas o delegado ainda esperava a confissão deles. Após um tempo de tortura, até Dona Ana, mãe dos irmãos é presa e torturada, porém solta após alguns dias e, irresignada com a situação, resolve procurar o Dr. João Alamy Filho, que por fim resolve defender os irmãos.
Diante de tais torturas os irmãos Naves mentem sobre o caso, inventam uma história de como teria acontecido o suposto crime e, falam também que esconderam o dinheiro da carga (noventa contos de réis) em uma lata de soda e a enterraram. Eles assumiram o crime por medo de sofrerem ainda mais torturas. É o típico caso de abuso de autoridade, em que o delegado usa sua figura e poder de polícia para conseguir “desvendar” um suposto crime.
O processo é bastante tumultuado e complexo, até a