Caso Irmão Naves
Este caso retrata uma vergonhosa e constrangedora atuação do sistema penal e processual penal brasileiro. A mídia tratou tal fato como um dos maiores, se não o maior erro do judiciário. Dois irmão, Joaquim Rosa Naves e Sebastião José Naves foram acusados pelos desaparecimento de Benedito Caetano, eles moravam na cidade de Araguari em Minas Gerais.
De acordo com o filme no dia 29/11/1937, Benedito Caetano primo e sócio de Sebastião José Naves, desaparece com a quantia de 90 contos de reis. Preocupados com o sumiço de Benedito os irmãos Naves passaram a procura-lo. Não sendo possível sua localização, decidiram registrar o fato na Delegacia de Policia, onde o inquérito foi instaurado dando inicio as investigações, onde foram inquiridas várias testemunhas.
O caso estava difícil de solucionar, a polícia não tinha pistas e a pressão popular aumentava. Na busca por solução, o Tenente Francisco Vieira dos Santos é convocado e passa a conduzir as investigações. Imediatamente Os Irmãos naves acompanhados de sua mãe e esposas comparecem na delegacia onde relatam que “Zé Prontidão” havia visto Benedito em Uberlândia. Na ocasião o delegado prendeu Sebastião.
Prontidão foi inquirido e relatou que viu Benedito em Uberlândia, especificando os detalhes. O delegado manda torturar Prontidão, que através da coação com violência física, modifica seu testemunho, dizendo apenas o que o delegado queria ouvir.
Os Irmãos naves e sua mãe Dona Ana são presos no porão de delegacia, postos nus, passam por intensa tortura. Dona Ana é estuprada na frente dos filhos. Alguns dias depois Dona Ana é solta e procura pelo Dr. João Alamy Filho, advogado que passa a ser procurador dos Irmãos Naves. Analisa o caso e impetra o primeiro habeas corpus, evidenciando a prisão ilegal dos irmãos com a finalidade de que "confessem a sua suposta autoria ou responsabilidade pelo desaparecimento de Benedito Pereira da Silva”. A acusação sustenta que a liberdade dos irmãos prejudicaria as