Eusebiozinho 2
Eusebiozinho fazia parte da família Silveira, que era composta pela D. Ana Silveira, “a solteira e mais velha”, sua tia; D. Eugénia, “a viúva”, “de agradável nutrição, trigueirota e pestanuda”, sua mãe; e, por fim a sua irmã, a Teresinha, “uma rapariguinha magra e viva com cabelos negros como tinta”.
Carlos era amigo de infância de Eusebiozinho, com este brincava em Santa Olávia e, levava, muitas vezes, pancada do mesmo. A educação destes dois contrastava, pois Carlos tinha sido educado “à inglesa” enquanto que Eusebiozinho tinha sido educado “à portuguesa”, como Pedro da Maia.
Esta educação, “à portuguesa”, baseava-se no estudo do latim, que era considerada uma língua morta e que era muito ligada à religião (“…Não ensinaria à criança habilidades de acrobata, mas havia de lhe dar uma educação de fidalgo...”). Tinha como principal símbolo “a cartilha” que era uma doutrina cristã que representava a passividade e o confinamento, e, o seu estudo proporcionava uma especial atenção ao espírito, ou seja, a mente.
Em contraste com a “educação à portuguesa” na “educação à inglesa” estudava-se as línguas vivas, neste caso, o inglês (“ - Deve-se começar pelo latinzinho, deve-se começar por lá...É a base, é a basezinha!
- Não! Latim mais tarde! - exclamou o Brown, com um gesto possante.”). Tal como “a cartilha”, o “trapézio” era o símbolo principal na “educação à inglesa” que representava a vida, a ação e a natureza. E, o seu estudo proporcionava uma especial atenção ao corpo, mais concretamente, os músculos (“- Primeiro forrça! Forrça! Músculo...”.
Como