os maias
Importa salientar que o relato deste episódio coloca a ênfase na educação anacrónica e retrógrada de Eusebiozinho, responsável pelas vulnerabilidades e fragilidades do mesmo: “(…) quando nos aparece o Eusebiozinho aos berros pela titi, todo desfrisado (…)… Enfim, um anjo depenado e sovado (…).”
Acresce referir que, este episódio, narrado por Afonso, é igualmente revelador do orgulho que este sente pelo neto, sabendo-o um rapaz destemido, inteligente e forte: “(…) com uma satisfação profunda: - É levado do Diabo, Vilaça! (…).”
2. Segundo o relato de Afonso da Maia, Eusebiozinho surgiu em Santa Olávia, com o objetivo de exibir o seu traje de anjo, com o qual deveria comparecer na procissão.
Todavia, como Carlos não nutria uma simpatia especial por anjos, arrastou Eusebiozinho até ao sótão, tendo procedido à destruição da indumentária do pequeno Silveirinha.
3. Do meu ponto de vista, considero que a personificação em causa, recorrendo ao verbo “cantar”, remete para a alegria familiar, que se vivia em Santa Olávia, onde reinava a harmonia e felicidade familiares.
4. Atendendo ao excerto em questão, podemos concluir que a educação ministrada a Eusebiozinho, prima, sobretudo, pela sobreproteção feminina: “(…) Aparece o Eusebiozinho aos berros pela titi (…) ainda dormia no choco com as criadas (…)”, a par de uma religiosidade exacerbada: “(…) a decorar verso, páginas inteiras do catecismo de Perseverança (…)”, a par de um saber livresco, apostado, essencialmente, na memória.
Saliente-se, igualmente, a aprendizagem de conceitos já ultrapassados: “(…) e vira lá que o Sol que anda em volta da Terra (…)”.
Face ao exposto, podemos concluir que se trata de uma educação que não