Europa na epoca dos nacionalismos
A população e o tamanho das grandes cidades aumentavam de uma forma nunca vista. A produção industrial e o comércio internacional se multiplicavam. Parecia um grande triunfo. Mas nem todos participavam desse progresso. Grande parte da população européia vivia em estado de penúria, situação que muitos atribuíam ao desenvolvimento do capitalismo industrial.
A classe trabalhadora das fábricas cresceu vertiginosamente, mas ainda não tinha uma organização de fato. As monarquias continuavam a ser forma predominante de governo na Europa, algumas delas ainda absolutistas. O liberalismo estava em ascensão. A consciência política das massas populares havia sido despertada com a Revolução Francesa, e o grande medo dos governos era que elas se rebelassem.
O mundo europeu ocidental passava por uma crise social e política, em 1848, culminou no que chama de Primavera dos Povos – movimentos revolucionários em várias cidades européias , iniciadas pelas massas populares, cada um com problema específicos.
A França entre dois Napoleões.
Após a derrota definitiva de Napoleão Bonaparte, em 1815, o poder voltou à dinastia dos Bourbons, com Luís XVIII. Inaugurou-se, então, um período de grande ambivalência política entre o liberalismo introduzido pela Revolução de 1789 e os anseios restauradores do Antigo Regime encarnados na própria lei.
O reinado de Carlos X, sucessor de Luís XVIII em 1824, foi o ultimo suspiro dos Bourbons na França : suas tentativas de reviver o Absolutismo, em 1830,rompendo a liberdade de imprensa , e dissolvendo a Câmara , levaram à mobilização popular, com grande participação classe trabalhadora e da pequena burguesia de Paris, em geral favoráveis à implantação de um regime republicano.
O estopim da crise política foi a crise agrícola dos anos 1845-46 : uma série de más colheitas que assolou não só a França, mas também outros países do norte europeu, gerando carestia e aumento de preços. O protesto social se desdobrou em