Eugenio de andrade
“O sucesso de uma obra não é sinal da sua qualidade”
Eugénio de Andrade pseudónimo de José Fontinhas Rato nasceu na freguesia de Póvoa de Atalaia (Fundão) a 19 de Janeiro de 1923. Fixou-se em Lisboa aos dez anos, com a mãe. Frequentou o Liceu Passos Manuel e a Escola Técnica Machado de Castro, onde escreveu um dos seus primeiros poemas em 1936 “Narciso”. Em 1943 mudou-se para Coimbra, onde regressou depois de cumprido o serviço militar. Tornou-se funcionário público em 1947, exercendo durante 35 anos as funções de Inspector Administrativo do Ministério da Saúde. Uma transferência de serviço levá-lo-ia a instalar-se no Porto em 1950, onde ficou até se mudar para o edifício da Fundação Eugénio de Andrade, na Foz do Douro cerca de 40 anos depois.
Durante os anos que se seguem, o poeta fez diversas viagens, foi convidado para participar em vários eventos e travou amizades com muitas personalidades da cultura portuguesa e estrangeira. Apesar do seu enorme prestígio nacional e internacional, Eugénio de Andrade sempre viveu distanciado da chamada vida social, literária ou mundana, tendo o próprio justificado as suas raras aparições públicas com «essa debilidade do coração que é a amizade». Faleceu a 13 de Junho de 2005, no Porto, após uma doença neurológica prolongada.
Estreou-se em 1939 com a obra “Narciso”, tornando-se mais conhecido em 1942 com o livro de versos “Adolescente”. A sua consagração acontece em 1948, com a publicação de “As mãos e os frutos”. A obra poética de Eugénio de Andrade é essencialmente lírica. Escreveu em prosa e em poesia. Foi também tradutor de algumas obras espanholas, gregas, francesas e argentinas.
Os amantes sem dinheiro (1950);
As palavras interditas (1951); Escrita da Terra (1974); Matéria Solar (1980); Rente ao dizer (1992); Ofício da paciência (1994), O sal da língua (1995); Os lugares do lume (1998).
Os afluentes do silêncio (1968); Rosto precário