Eu não sei
O Banco Central (BC) anunciou nesta sexta-feira (14) a liquidação dos bancos Cruzeiro do Sul (CZRS4) e Prosper. A Bovespa informou que as negociações com as ações do banco Cruzeiro do Sul estão suspensas, depois de acumularem valorização 55,6% em três dias.
Segundo o BC, do total de depósitos à vista e a prazo do Banco Cruzeiro do Sul e do Banco Prosper, cerca de 35% e de 60%, respectivamente, contam com garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O FGC é administrado pelos próprios bancos ecobre aplicações de até R$ 70 mil, em caso de quebra da instituição financeira.
Histórico negativo
Não é de hoje que o banco Cruzeiro do Sul atravessa problemas. Com quase 20 anos nas mãos da família Indio da Costa, a instituição coleciona um histórico recente marcado por balanços reprovados por auditores, acusação de desvio de recursos e investigações por parte das autoridades.
A lista de tropeços do Cruzeiro do Sul começou a vir à tona em 2008, um ano depois de o banco estrear na bolsa de valores, vendendo cerca de R$ 645 milhões em ações. Desse valor, os Indio da Costa embolsaram R$ 150 milhões.
A instituição, que tinha R$ 2,6 bilhões em operações de crédito consignado, estreou valendo R$ 2,15 bilhões.
Em setembro de 2008, a massa falida do banco Santos acusou, em um processo judicial, o Cruzeiro do Sul de ter desviado R$ 206,2 milhões dos credores da instituição que pertenceu a Edemar Cid Ferreira. O caso ainda está correndo na Justiça.
Um ano depois, no fim de 2009, o banco anunciou a intenção de fazer uma nova oferta de ações, em uma operação que somaria R$ 400 milhões, entre novos recursos para o Cruzeiro do Sul e a venda de parte das ações dos Indio da Costa. Logo, porém, o processo foi abortado, em meio a uma sucessão de episódios negativos.
Em janeiro de 2010, o Banco Central começou a questionar as operações do Cruzeiro do Sul de venda de carteiras para fundos de direitos creditórios. Depois desse repasse, o próprio banco