Eu amo trabalhos feitos
“Nesse sentido, gramática abarca [...] Por isso é que se diz não existe língua sem gramática. Nem existe gramática fora da língua. Ou, ninguém aprende uma língua para depois aprender a sua gramática. Qualquer pessoa que fala uma língua fala essa língua porque sabe a sua gramática, mesmo que não tenha consciência disso.” (ANTUNES, I. Pág. 27)
Ao me deparar com essa passagem, compreendi como a gramática é rica e cheia de possibilidades, pois o simples fato de que o falante domine a fala da sua língua (falada) está automaticamente dominando a gramática, pois assim como a citação acima uma não existe sem a outra.
“Mas existe a ideia simplista e ingênua de que apenas a norma culta segue uma gramática. As outras normas funcionam sem gramática. Movem-se à deriva. Ora, toda língua- em qualquer condição de uso- é regulada por uma gramática.” ( ANTUNES, I. Pág. 27)
Nesse sentido, entendemos que toda expressão da língua está ligada a gramática. Quando se fala que as regras gramaticais são difíceis está se falando de outra língua, pois o que a autora traz no texto vai de contramão a essa ideia simplista de classificar a língua como simples gramática. Todo falante nativo de uma língua sabe se expressar, pois falar sua língua de origem não é difícil para eles. Então, o texto aborda a questão da gramática internalizada que é justamente o que foi trazido como exemplo no caso dos falantes nativos de uma língua. Através do contato com outras pessoas, ouvindo, falando é que se vai aprendendo a gramática da língua. Nesse sentido, o que irá ao futuro se aprender na escola surge como um complemento do que já foi adquirido ao longo da vida através das experiências com o mundo (social), ao contrário do que muitos pensam não é a escola o único local para se