etnomatematica
Por Thomas Jefferson Faustino2
Esta resenha tem como base a percepção de grupos de pesquisa a respeito da avaliação dos cursos de licenciatura em matemática na nação brasileira, bem como dos cursos de pós-graduação em mestrado e em doutorado, especificamente na área de Educação Matemática e da História da Matemática. Ao ler a obra, pode-se observar um ponto de vista de preocupação social, no que diz respeito ao valor da fenomenologia para a composição e formação do indivíduo, com pressupostos filosóficos que envolvem a discussão da ética, acrescidos de visão antropológica e de ciência da cognição. O autor apresenta uma explanação sobre os estudos da etnomatemática, seus interesses e conflitos e suas diferentes interpretações. Destaca-se o grande objetivo da etnomatemática, que é o saber/fazer matemático ao longo da história da humanidade dentro de um contexto onde se analisa as diferentes “matemáticas” de grupos e povos da humanidade, colaborando também com a noção de cultura e sua influência nas percepções da matemática. O autor descreve ainda o desenvolvimento do ser humano do ponto de vista da antropologia biológica, relacionando espaço e tempo. Assim, aborda o fazer matemático no cotidiano, relatando alguns exemplos do saber/fazer matemática. Conceitua a questão pedagógica da etnomatemática por meio de sua história e de sua importância cognitiva, além de analisar sua dimensão epistemológica, política e educacional. Fala sobre conhecimento e comportamento, sua inter-relação, seu meta-esquema: realidade-indivíduo-ação, e a diferenciação de individual para coletivo. Mais adiante trabalha a questão da escola e do currículo, da didática moderna, as ideias de educação e as transformações nos sistemas educacionais. A etnomatemática, segundo Ubiratan D´Ambrosio, tem por objetivo reconhecer outras formas de pensar, inclusive matemática, sob o