Problemas nas megas cidades
PROBLEMA DA MEGACIDADES
Quanto aos clássicos da Sociologia, foi o pensamento de Marx que mais influenciou a produção sobre a cidade, quer por meio da sociologia urbana francesa, quer na visão crítica da teoria da marginalidade.
No que se refere à Escola de Chicago, sabe-se que ela exerceu grande influência entre os pensadores brasileiros. Sua herança foi marcante, seja fundando, curiosamente, os estudos de comunidade próprios da Sociologia
Rural, seja na Antropologia Urbana que até hoje trabalha com os métodos e alguns conceitos da Escola de Chicago.
Pela definição da ONU, as megalópoles têm mais de 10 milhões de habitantes em seus limites geográficos formais.
. Em 1970, 1 em cada 100 paulistanos vivia em favelas, segundo dados da
Prefeitura. Em 2005, os favelados eram 1 em cada 5 moradores da cidade. Os empregos de massa, o principal ímã de atração populacional, sumiram. A indústria, que gerava 40% dos postos de trabalho na capital em 1980, teve sua participação encolhida para 15% em 2004 e a tendência continua de queda.
O modelo de urbanização (ou a falta dele), com o inchaço das periferias, obrigou São Paulo a conviver com problemas gigantescos. Morar longe do trabalho, e sem contar com transporte eficiente, cria um trânsito infernal que insulta a idéia de cidade organizada. A oferta de água segue perigosamente limitada. A poluição lança seguidas advertências. A violência, apesar de ter despencado, ainda assusta a população e a elite dos negócios. A Grande São
Paulo, como outras regiões metropolitanas de porte, é o "lugar geométrico dos problemas", define o governador José Serra, em artigo publicado nesta edição, "o espaço sobre o qual convergem com intensidade máxima desemprego, poluição, trânsito, violência, déficits de transporte público, saneamento, saúde e ensino básico de qualidade".