Etnocentrismo
O etnocentrismo foi um dos responsáveis pela geração de intolerância e preconceito cultural, religioso, étnico e político, assumindo diferentes expressões no decorrer da história. O etnocentrismo é a certeza absoluta de que a religião de uma pessoa, sua ideologia, tradições, raça, língua ou nação são especiais aos olhos de Deus, e que todas as outras culturas não são somente diferentes, mas sim erradas, portanto, carentes de conversão.
Um bom exemplo de etnocentrismo são os judeus que se consideram “o povo escolhido”. Outro exemplo é o de protestantes que se intitulam “os eleitos” de Deus predestinados à salvação. Muçulmanos também afirmam serem os “mensageiros de Alá”.
Os mórmons também creem ser os “eleitos” ou “escolhidos”, ser a linhagem especial da Casa de Israel, os instrumentos do Senhor para a conversão de nossos irmãos que não conhecem a “verdade”. Caem no mesmo erro ao afirmar que seu evangelho é o “correto” ou que sua igreja é “a única verdadeira na face da Terra” e que as outras são “erradas” e “apóstatas”.
Essa linha de pensamento teve início com Joseph Smith, que afirmou que Jesus Cristo o havia informado que todas as igrejas estavam “erradas”, seus credos eram “uma abominação a sua vista” e todos os seus ministros eram “corruptos”. Mas será mesmo que isso era verdade? Será que Cristo diria algo assim dessas pessoas?
Cada grupo etnocêntrico manifesta suas características únicas e suas diferenças para poderem manter suas identidades e sobrevivência. Cada um constrói muros contra as pessoas de fora ou estranhos ao grupo. O etnocentrismo ajuda a criar barreiras para manter do lado de fora aqueles que são diferentes.
As pessoas que são pegas pela ilusão de serem melhores e especiais normalmente refletem isso em suas religiões. Elas se tornam mais católicas, mais muçulmanas, mais protestantes, mais judias, ou mesmo mais mórmons. Essa ilusão aflora o seu radicalismo.
Mas será que todas essas divisões