Etimologia da linguagem
A linguagem - traço que melhor define a espécie humana - é um conjunto de sistemas, ligados um aos outros, cujos elementos não têm nenhum valor independente das relações de equivalência e de oposição que os unem; é, no sentido mais corrente, um instrumento de comunicação, um sistema de signos vocais específicos aos membros de uma mesma comunidade; é a capacidade específica, da espécie humana, de se comunicar por meio de um sistema de signos vocais, ou língua, que coloca em jogo uma técnica corporal complexa e supõe a existência de uma função simbólica, e de centros nervosos, geneticamente especializados. No convívio social o homem se apropria desse instrumento que se lhe oferece já elaborado para utilização coletiva do que chama de língua. Consiste em desenhar sinais correspondentes a ideias ou a que se figura por certo signo, independente do vocábulo que se possa ouvir para cada ideia, porém a linguagem não é um sistema só de símbolos, mas também de estímulos, que acordam imagens adormecidas e associadas. A filosofia - ramo ainda pouco desenvolvido da linguística - estuda, por um lado, o papel da língua em relação ao entendimento e à elucidação dos conceitos filosóficos e, por outro, a condição filosófica das teorias, das observações e dos métodos lingüísticos; caracterizada pela aplicabilidade universal da teoria ou método linguístico no estudo das línguas, onde engloba os conceitos teóricos, descritivos e comparativos. Os universais da linguagem equivalem aos traços gerais da linguagem, e que fornecem uma teoria acerca da faculdade humana da linguagem, ou seja, das propriedades biologicamente necessárias da língua. Assim a expressão, da faculdade comunicativa, que permite a ligação entre indivíduos por meio de signos convencionais, falados ou escritos chama-se linguagem e o instrumento dessa utilização coletiva chama-se língua. Para Ferdinand de Saussure (1857-1913), língua é um sistema de relações e um instrumento sem o qual seria