etica nos negocios
A reorganização da economia mundial e as transformações técnico-científicas não tem só afetado as condições e as relações de trabalho, como também estão associadas à construção de novas formas de representação ou ressignificação das noções de trabalho e a ampliação das forças de produção.
A primeira grande mudança no campo econômica no mundo ocorreu a partir da Revolução Industrial, pois a nova forma de produção em larga escala e a liberdade de mercado que o capitalismo permitira expandiu as fronteiras comerciais e deu origem a novas mercadorias e serviços.
Em parte como conseqüência também desses eventos, o segundo momento de transformação se deve ao avanço do conhecimento científico e tecnológico que contribuiu sobremaneira para o desenvolvimento de um saber cada vez mais especializado. Por sua vez, esse mesmo conhecimento deu origem a novos produtos e serviços, fechando assim um ciclo de produção e crescimento econômico.
As exigências de um novo modelo econômico e social.
Para entender como e porque a organização do trabalho mudou tanto nos últimos 150 anos e qual o reflexo dessas mudanças na própria condição do trabalhador, é preciso elucidar o papel central que o conhecimento científico e tecnológico assumiu nesse processo.
No período que antecedeu a Revolução Industrial, a população urbana era pequena e se constituía, na maioria dela, de artesãos. Eles eram pequenos comerciantes, proprietários dos seus negócios organizados em associações profissionais, confrarias ou guildas e, transmitiam o conhecimento da atividade para discípulos, cuidadosamente escolhidos (SORIANO, 2009). Portanto, o trabalho humano era caracterizado por ser manufatureiro, criativo e autônomo.
Imediatamente após a industrialização, o homem que antes detinha o controle total de seu trabalho (planejamento, execução e avaliação) foi reduzido a um mero executor de tarefas nas fábricas. Muitos trabalhadores que residiam nas cidades passaram de artesãos a operários, de