Etica empresarial
O debate sobre o comportamento ético das organizações vem tomando lugar na prática administrativa como o caminho para sobreviver às mudanças de paradigmas e ao ambiente de hipercompetição que vivenciam as empresas do mundo ocidental capitalista e de mercados desregulamentados.
A questão da ética nos negócios por muito tempo foi considerada de importância menor, assunto preferido de religiosos, com a justificativa de que no universo empresarial nem sempre é possível tomar decisões com a clareza do certo e do errado, antever e decidir sobre quem será beneficiado ou prejudicado.
A empresa opera em ambiente que está em constante transformação motivada por mudanças sociais, mercadológicas, financeiras, tecnológicas, etc.
A todo instante é impelida a fazer escolhas quanto a ações e decisões que desencadeiam conseqüências para os indivíduos e meio ambiente.
No entanto, a luta constante para manter-se num mercado altamente competitivo é o que tem orientado as decisões empresariais. Para Srour (1998), os países e empresas capitalistas navegam com desenvoltura na ambigüidade moral já que o interesse pessoal é visto como o motor da economia.
Em sua discussão sobre ética nas organizações esse autor resgata de Weber duas abordagens para a ética – a da convicção e a da responsabilidade.
A ética da convicção é interpretada como aquela que está escorada em princípios e fundamenta-se pelas normas morais e ideais.
Sua justificação dá-se em razão de deveres, normas e valores universais.
A ética da responsabilidade pauta-se na finalidade e no utilitarismo entre propósitos e conseqüências.
Com o discernimento entre as abordagens da ética da convicção e da responsabilidade não é difícil compreender porque as organizações da economia de mercado se orientam pela ética da responsabilidade, justificando muitas de suas ações e os meios de que se utilizam para as finalidades do lucro e do interesse de alguns.
Relativamente à discussão sobre a ética e