Etica, cultura e sociedades
O corpo humano tem sido objeto de reflexão filosófica em quase toda parte da história do pensamento. Encontra-se em Platão, Aristóteles, Filão, Santo Agostinho, São Tomás, Descartes, Spinoza, Leibnitz, Schopenhauer, Nietzsche, Bérgson, Heidegger, Sartre, Merleau-Ponty, Marcel e outros.
O fato de muitos pensadores antigos e até modernos não considerarem o corpo em si mesmo mas apenas e exclusivamente em relação com a alma, coloca-o numa posição de pouca importância nas suas reflexões antropológicas, razão pela qual vêmo-lo sempre no fim de seus postulados,
Não é exclusividade dos platônicos (Platão, Plotino, Descartes, Leibnitz) que, identificando o homem com sua alma, estudam antes de tudo e sobretudo esta última, mas também os aristotélicos (Aristóteles, Tomás, Locke), que vêem no corpo uma parte essencial do homem. Justifica-se pela forma como avaliam a questão: tantos os platônicos como os aristotélicos, em antropologia, se valem do método metafísico, o qual exige que se estude antes as causas e depois os efeitos, antes as coisas mais perfeitas e depois aquelas menos perfeitas. E, dado que ambos sustentam que a alma é mais perfeita que o corpo e que exerce sobre ele uma atividade causal, logicamente concentram suas atenções sobretudo na alma.
Cabe lembrar que a exceção são os existencialistas, que centram suas atenções no homem com seus atributos enquanto ser-no-mundo e sua existência concreta – a partir da qual está condenado a ser livre, construtor do próprio destino e arquiteto da sua vida, submetido embora a limitações concretas e existenciais.
Daí a famosa frase do contemporâneo francês existencialista, Jean-Paul Sartre:”O inferno é o outro.”
Avaliando qual o melhor método para nossa abordagem, destacamos dois: um é focar o corpo como realidade física. Estudá-lo pelo método experimental chamado de ‘cientifico’. Na época moderna, a partir de