Análise o dilema educacional brasileiro
Partindo disso, Florestan Fernandes apresenta o que, segundo ele, seria o dilema educacional brasileiro. O próprio sistema educacional é formado por constituições “deficiente s de ensino” e que requerem alterações onerosas e complexas. Mas na realidade só conta com meios de intervenção que acabam sendo insuficientes para que possa haver uma mudança significativa e efetiva. Sendo esse o dilema educacional brasileiro, o papel do cientista social é ser crítico e principalmente, ser militante. Deve encarar a educação como um objeto de pesquisa e de análise crítica e também como um campo de intervenção prática.
Em 1954, devido a realização I do Congresso Brasileiro de Sociologia em 1954, Florestan Fernandes escreve o texto “O ensino de sociologia na educação secundária brasileira”, onde afirmava que haveria um papel para o cientista social dentro da sala de aula. O ensino de sociologia na educação básica era uma importante bandeira para ele, pois além de equiparar os licenciados de ciências sociais aos demais licenciados de outras áreas, absorvendo-os no sistema educacional, o ensino de sociologia seria imprescindível para a formação do individuo, tornando-o capaz de compreender os problemas da sociedade e principalmente, estar hábil a agir criticamente. Em suma, o ensino de sociologia nas escolas ajudaria a viabilizar a participação democrática das camadas mais pobres no desenvolvimento social.
Os conceitos e ideias de Florestan Fernandes podem até mesmo serem consideradas como utópicas, mas o que foi discutido por ele há décadas atrás ainda é válido. Pode-se dizer que o dilema educacional brasileiro ainda persiste e que ainda