Etapa 3
Desde os primeiros contatos da criança com livros, cadernos, cartazes e filmes, inicia-se um processo longo de construção de esquemas, cujo o maior desafio é distinguir o que é desenho do que é escrita.
Para chegar até o letramento, leva algum tempo e requer treino com as crianças, por isso, um conjunto de atividades de escrita e leituras de palavras e frases devem fazer parte do planejamento pedagógico dos professores desde o primeiro ano do Ensino Fundamental.
Para se ter habilidades de leitura e produção de textos, é envolvido um conhecimento de elementos que compõem textos escritos, os seus estilos, a identificação do autor, da finalidade e do contexto de circulação do texto. E estes conhecimentos são construídos na prática do dia a dia da criança, com a leitura e a escrita.
Segundo Soares (1998, p.92), a alfabetização não precede nem é pré-requisito para o “letramento”, ou seja, para a participação nas práticas sociais de escrita, tanto é assim que os analfabetos podem ter certo nível de “letramento”: sem que haja adquirido a tecnologia da escrita, utiliza a quem a tem para fazer uso da leitura e a escrita.
As crianças precisam ter oportunidades de observar e reelaborar suas representações sobre o “para que” e “como” as pessoas leem e escrevem em suas atividades diárias. Para isso, é importante que a ação pedagógica promova a participação das crianças em práticas autênticas de leitura e de escrita, no cotidiano da sala de aula, nas quais elas possam sempre interagir com esse objeto do conhecimento. A leitura em voz alta desperta o desejo e a curiosidade das crianças. Quando elas gostam da história que foi lida em sala de aula, acabam buscando os livros em momentos livres de leitura. Portanto, a