Reflexões iniciais A história da Educação Física oferece subsídios que embasam alguns entendimentos equivocados que permeiam a função da disciplina no âmbito escolar e, consequentemente, o papel do professor neste contexto. Ao longo do processo de construção da Educação brasileira, a Educação Física foi responsabilizada por cumprir papéis que eram pertinente à determinada época. Por exemplo, nas quatro primeiras décadas do século XX, foi marcante a influência dos Métodos Ginásticos e da Instituição Militar. Nesse Período, a mesma era entendida como atividade exclusivamente prática, fato este que contribuiu para não diferenciá-la da instrução física militar. Outra função foi estabelecida pelo surgimento da educação higienista, a qual determina a Educação Física como meio de construção do homem saudável (BRACHT et al, 1992; MORO, 2004). Felizmente, a partir da década de 1970 iniciaram vários movimentos críticos na busca de reavaliar a especificidade da Educação Física no contexto escolar. Nesse sentido, muitos autores construíram novas abordagens e metodologias de ensino a serem trabalhadas, especificamente na Educação Física. Todas essas propostas diferenciadas da tão criticada abordagem tradicional, que como dizia Paulo Freire (2007) refere-se a uma concepção bancária de educação, na qual os alunos são meros receptores de informação, sem qualquer incentivo a consciência crítica e a autonomia, foram, e ainda são muito importantes para a evolução do conhecimento de que trata a Educação Física Escolar. Apesar disto, as constantes mudanças e transformações que vem ocorrendo em nossa sociedade capitalista de ideologia neoliberal, influenciam e impulsionam a mesma, a terem um olhar equivocado para as disciplinas escolares (KUENZER, 2001). Nesse caso enfocaremos a Educação Física, mas se fosse oportuno teríamos a possibilidade de contextualizar os demais componentes curriculares e ainda outros âmbitos da sociedade que reproduzem o sistema vigente, no