Estetica
Marcos Villela Pereira*
*Licenciado em Filosofia, Doutor em Educação, Pesquisador do CNPq. Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCRS. marcos.villela@yahoo.com.br Resumo
Este trabalho coloca em análise algumas concepções sobre arte, obra de arte, atitude estética e experiência estética com o intuito de propor o exercício da racionalidade estética como uma ampliação da capacidade dos sujeitos para orientar sua percepção e compreensão ante as infinitas possibilidades da existência. A razão estética habilita o sujeito para que se concebam mundos não apenas a partir de e/ou sobre esquemas referenciais, mas, a partir de e sobre a experiência da presentificação do que existe, do ser-aí, da história efeitual e da desrealização dos limites estabelecidos pelas formas tradicionais de racionalidade. Postulo a idéia da experiência estética como uma oportunidade de ampliação, de desvelamento e de expansão da subjetividade na medida que representa uma abertura para a coleção de exemplos que são a arte e a vida. A atitude estética é uma atitude desinteressada, é uma abertura, uma disponibilidade não tanto para a coisa ou o acontecimento "em si", naquilo que ele tem de consistência, mas para os efeitos que ele pode produzir.
Palavras-chave: estética; experiência; arte; subjetivação.
Introdução
Pretendo apresentar algumas idéias e reflexões que, mais do que apontar caminhos, permitam ampliar a discussão acerca do significado e do sentido do trabalho com as artes nas fronteiras do campo da educação. Mais especificamente, minha idéia é contribuir com alguns temas bastante caros à formação de professores de arte. Mais especificamente, pretendo ensaiar um confronto do tema do rigor na experiência estética, colocando em análise algumas concepções sobre arte, obra de arte, atitude estética e experiência estética.
Tomo como ponto de partida uma idéia bastante comum: a