Estágio na formação de professores: possibilidades formativas entre ensino, pesquisa e extensão
O autor inicia o texto com alguns questionamentos pertinentes sobre o processo de formação de professores e afirmar que o ofício de mestre se aprende desde os primeiros contatos, vivências e experiências dos mestres com quem se convive desde a educação infantil. Este ainda cita Bourdieu que afirma que as experiências primitivas dos indivíduos, também denominadas socialização primária, pensam com uma força desmesurada sobre as experiências posteriores, impactando-as significativa e duravelmente, referindo-se ao papel familiar de agregar componentes objetivos e culturais.
Para o autor a constituição do sujeito-professor não se realiza nem pelo dom, nem pelo mérito pessoal, ou seja, não é conduzida de forma mecânica nem pelas condições objetivas, nem pelas condições atuais nas quais atua, mas sim, funciona como um princípio flexível que permite ao indivíduo improvisar e adaptar-se. Há uma construção social, cultural e política que extrapola os muros da escola, mas que dentro deles precisa comprometer-se com a aprendizagem popular, com o exercício da competência político-pedagógica levando-se em consideração a realidade socioeducacional.
De acordo com outros autores a docência é uma atividade de serviço e o professor além de especialista de um campo especifico do saber é um profissional voltado para o desenvolvimento humano, o que implica necessariamente um desempenho intelectual, político, técnico e relacional que apenas a formação teórica não consegue promover. O estagio, portanto, seria o caminho.
O texto apresenta o estágio realizado no curso de Pedagogia dentro de uma brinquedoteca cujo objetivo era examinar as possibilidades desse ambiente lúdico com espaço de estágio, a formação de professores para educação infantil e favorecer a melhor relação teoria-prática. Para que esses aspectos ocorram os autores enumeram três pressupostos que iram preparar o aluno