Estágio: diferentes concepções
PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.
De acordo com as autoras o estágio sempre foi identificado nos cursos de formação, como parte prática apenas, reforçando, a visão distanciada na formação docente entre teoria e prática. As autoras apontam uma alternativa para este impasse, sugerindo que a prática de ensino do estágio supervisionado seja vista como uma atividade que possa ser reflexiva e não separada da teoria e da prática e vice-versa.
As autoras tratam das diferentes concepções que se tem a respeito do estágio enfatizando que, para a formação de um profissional é necessário teoria e prática de modo conciliado. Além de conhecimento institucionalizado o profissional da área pedagógica precisa saber lidar com as diferentes situações encontradas em sala, e para isso, a prática é de fundamental importância.
Na primeira concepção a prática é colocada como imitação de modelo, consistindo na limitação do estágio à de aula, sem análise contextual do universo escolar, nessa percepção espera-se que o aluno estagiário elabore e execute aulas modelos, seguindo o padrão tradicional.
A segunda concepção de estágio trata a prática como instrumentalização técnica, ou seja, a atividade de estágio resume-se ao momento da prática, a elaboração do “como fazer”, “como aplicar” as técnicas a serem empregadas em sala de aula, ao desenvolvimento de habilidades específicas de sala de aula, ao preenchimento de fichas de observação, diagramas, fluxogramas. Embora essas atividades sejam importantes, elas não possibilitam que se compreenda o processo de ensino em sua totalidade.
A segunda concepção de estágio trata da prática como instrumentalização técnica. Nessa perspectiva, a atividade de estágio fica reduzida à hora da prática, ao “como fazer”, às técnicas a ser empregadas em sala de aula, ao desenvolvimento de habilidades específicas do manejo de classe, ao preenchimento