Estagio e diferentes concepções
“Na prática a teoria é outra”, no cerne dessa afirmação popular, está a constatação, no caso da formação de professores, de que o curso nem fundamenta teoricamente a atuação do futuro profissional nem toma a prática como referencia para a fundamentação teórica, ou seja, carece de teoria e de prática. Segundo as autoras, ouve – se ainda com freqüência, que o estagio tem de ser teórico-prático, ou seja, que a teoria é indissociável da pratica, mas que para desenvolver essa perspectiva é necessário explicitar os conceitos de prática e de teoria e como compreendemos a superação da fragmentação entre elas a partir do conceito de práxis, o que aponta para o desenvolvimento do estágio como uma atitude investigativa, que envolve a reflexão e a intervenção na vida da escola, dos professores, dos alunos e da sociedade.
O estágio como pesquisa já se encontra presente em práticas de grupos isolados. No entanto entende-se que precisa assumido como horizonte ou utopia a ser conquistada no projeto dos cursos de formação.
1. A prática como imitação de modelos
O exercício de qualquer profissão é prático, no sentido de que se trata de aprender a fazer “algo” ou “ação”. E o modo de aprender a profissão , conforme a perspectiva da imitação , será a observação, imitação, reprodução e, as vezes reelaboração dos modelos existentes na prática consagrados como bons.
O conceito de bom professor é polissêmico, passível de interpretações diferentes e mesmo divergentes.
Ao valorizar as práticas e os instrumentos consagrados tradicionalmente como modelos eficientes, a escola resume seu papel a ensinar, se os alunos não aprendem o problema e deles, de suas famílias, de sua cultura diversa daquela tradicionalmente valorizada pela escola.
A formação do professor, por sua vez, se dará pela observação e tentativa de reprodução dessa prática modelar, como um aprendiz que aprende o saber acumulado. Essa perspectiva está ligada a uma concepção de