Estudos Socioantropologicos

Universidade Católica do Salvador

Estudos Socioantropológicos

Escrito por Gey Espinheira e Antônio Mateus de Carvalho Soares, o texto: Pobreza e marginalização: um estudo da concentração e da desconcentração populacional nas metrópoles latino-americanas: o caso de Salvador, no Brasil, nos mostra os problemas ocupacionais que a cidade de Salvador enfrenta desde a sua colonização até os dias atuais, e irá perdurar por muito mais tempo. Concomitantemente com o crescimento urbano e demográfico, houve a necessidade de mudanças na cidade para atender as demandas da população, como o aperfeiçoamento de meios de transportes, abertura de vias de articulação, surgimento e instalação de empresas e industrias que impulsionaram o desenvolvimento da cidade e transformações sociais. Podemos dizer que a instalação de complexos industriais e a vinda de profissionais de outros estados para trabalhar, foi o estopim para a ocupação desacerbada e sem acompanhamento técnico do território soteropolitano. Nas proximidades dos centros encontravam-se bairros residenciais de classe media e alta, que alem de impedir a “entrada” da população pobre, que muitas vezes foram desalojados de suas casas para poder dar espaço a novos condomínios luxuosos ou de classe media, e tinham que buscar novos espaços para habitar, refugiaram-se nas periferias e subúrbios o mais longe possível da alta sociedade. A partir disso, já estava muito bem demarcada a segregação das classes sociais, havendo um maior investimento do governo em bairros onde se concentravam a população rica e “virando as costas” para quem mais precisa, como vemos frequentemente nos dias de hoje, o descaso com a população negra, pobre e periférica da cidade, vivem em péssimas condições, muitas vezes em áreas de risco e influencias. Além das condições precárias em que são obrigados a viver, os pobres são rotulados como marginais e criminosos, mas sabemos que os maiores ladrões