Estudo dinâmico do evangelho
Segunda edição
Amílcar Del Chiaro Filho
Capítulo X - Continuação do Sermão da Montanha - Sal da terra.
Vos sois o sal da terra – começa assim o versículo 13 do capítulo 5 de Mateus. Marcos assinala no capítulo 9 v. 50 e Lucas no 14:34.
O sal é um condimento (cloreto de sódio) e serve para dar sabor e também para conservar os alimentos, para que não se deteriorem. O sal é tão importante que a palavra salário deriva da cota de sal que os trabalhadores e os soldados recebiam por seus serviços na antigüidade.
Jesus considera seus reais seguidores como o sal, porque eles devem dar sabor à vida e conservá-la, cuidando da pureza do seu pensamento.
Pedro de Camargo ( Vinícius ) no seu livro – Nas Pegadas do Mestre, comenta que o sal não se corrompe, mesmo em contato com a corrupção, e assim, diz ele, deve ser o cristão, ou seja – bom no meio dos maus; justo no meio dos injustos; probo no meio da iniqüidade; prudente no meio dos insensatos; altruísta no meio dos egoístas; virtuoso no meio de todos os vícios. Diz ele ainda: O sal nunca recebe; dá sempre. Misturai-o com o açúcar e esta torna-se salgada, mas o sal não adoça. O cristão, como o sal está no mundo para dar, e não para receber.
A. D. Chiaro Filho coloca assim seu comentário: para ser o sal da terra precisamos trabalhar para dar sabor a vida. Entendemos dar sabor a vida como construir vida digna para todos. Lutar (sem armas) para que todos tenham o suficiente para viver com dignidade. Criar um mundo onde ninguém morra de fome, nem mesmo de fome de amor. Onde todos, sem exceção tenham onde morar, o que comer, o que vestir, assistência médica, emprego, escola em todos os níveis, lazer, respeito humano, aceitação, amor. Se houver quem por preguiça passe fome ou viva mal, a sociedade terá que educá-lo. O Livro dos Espíritos afirma: Numa sociedade regida pelas leis do Cristo, ninguém deveria morrer de fome. Ser conservadores da vida é uma tarefa de todos, por isso temos que