Estudo de caso
ADMINISTRANDO O SERVIÇO POSTAL DOS ESTADOS UNIDOS
Nos últimos anos, o United States Postal Service (USPS), o serviço postal dos EUA, sofreu uma saraivada de críticas por suas tarifas (altas demais) e seu serviço (muito lento e com funcionários grosseiros). Como admite o Diretor Geral dos Correios dos Estados Unidos Anthony M. Frank, "A maioria das pessoas não entende... os 500 bilhões de dólares necessários para salvar as empresas de poupança e empréstimo. Mas, sem dúvida, elas entendem quando você aumenta a tarifa postal de 25 para 29 centavos."
Entre 1789 e 1971, o serviço prestado pelo Depar¬tamento dos Correios dos Estados Unidos, administrado pelo governo, era considerado tão importante que o Congresso deixava que ele operasse em prejuízo. Em 197 1, entretanto, o USPS foi criado como uma entidade independente, que deveria tomar se auto sustentável em meados da década de 1980 e fazer a cada ano uma contribuição específica para o orçamento federal.
A transição não foi fácil. James Miller, diretor do Departamento de Administração e Orçamento no governo Ronald Reagan, criticou o USPS dizendo que era uma buro¬cracia totalmente ineficiente, com excesso de funcionários ganhando demais, e que deveria perder seu monopólio sobre os serviços classificados como "primeira classe"*, ou ser vendido a uma empresa privada. Entretanto, aleita Frank, um serviço privatizado provavelmente cortaria as entregas rurais e outros serviços vitais, porém de baixa lucratividade.
Diferentemente de uma empresa privada, o USPS não pode determinar seus preços: as tarifas são determinadas pela Comissão de Tarifa Postal. Além disso, o Congresso dos EUA ordenou que o USPS cortasse seu orçamento em 2,1 bilhões de dólares em 1987; e em 1988 ordenou um corte de 74% em investimentos de capital, o que atrasou os planos de modernizar as instalações e o equipamento. Enquanto isso, o volume de correspondência aumentava em cerca de 5 bilhões de objetos em 1990.
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