Estudo de caso
O ano era 1914. Nascia então uma das maiores livrarias do Brasil. A Saraiva, que foi fundada por um imigrante português e teve sua primeira sede no centro de São Paulo, e tinha como objetivo apenas vender livros usados. Seu fundador acompanhou as mudanças do marcado e inseriu livros da literatura jurídica e se especializou nesse seguimento. Na mesma década, ele editou o primeiro livro, o que inaugurou a fase editorial da Saraiva. A partir de então, passou a publicar livros de vários segmentos, abriu várias lojas em endereços importantes, comprou 100% da antiga Livraria Siciliano a fim de expandir ainda mais seus negócios e por fim, talvez a mais importante decisão já tomada: passou a comercializar seus produtos por meio da internet. A Saraiva reinava absoluta, obtendo 20% do mercado livreiro no Brasil, estando inclusive no ranking das melhores empresas. Várias outras livrarias foram abertas, mas nunca a Saraiva sofreu tanto impacto com a chegada de um novo tipo de livraria como sofreu com a Amazon.com.
A Amazon.com que atualmente é uma empresa de comércio eletrônico, foi fundada em 1994 nos Estados Unidos e tem como objetivo vender de tudo em um só lugar. Demorou um bom tempo para que a empresa se estabelecesse no Brasil, apenas no final de 2012 a Amazon entrou no ar fazendo grande sucesso, só que diferente de sua sede nos Estados Unidos, aqui ela venderia apenas livros.
Para fazer frente à concorrência já existente, a empresa decidiu que seus consumidores poderiam importar produtos do site americano a um preço razoável. A Amazon percebeu os extensos prazos de entrega e também de processamento que grandes concorrentes como a Saraiva tinham e a partir de então, focou todos os seus esforços em oferecer um serviço rápido e de qualidade. Outro fator decisivo foi os preços. A empresa em nenhum momento cita a política de preço, mas fica muito claro o uso dessa estratégia quando percebe-se que a Amazon revê o preço de seus produtos de hora em