estudo de caso
22(3):125-129.
Artigo de Revisão
Odontologia em Pacientes Portadores de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos
Implantáveis (DCEI)
Marcelo MARRA1 Otaviano SILVA JÚNIOR1 Vanessa Caldeira PEREIRA2 Danilo Marchesi MARCUSSI2
Tatiana Machado Provasi CUNHA2 Celso Salgado de MELO3
Relampa 78024-476
Marra M, Silva Júnior O, Pereira VC, Marcussi DM, Cunha TMP, Melo CS. Odontologia em pacientes portadores de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEI). Relampa 2009;22(3):125-129.
RESUMO: Em portadores de DCEI, as orientações sobre complicações associadas a procedimentos odontológicos em geral estão relacionadas ao tipo de anestésico utilizado e à adoção de medidas profiláticas contra a endocardite infecciosa. Anestésicos locais que contém vasoconstritores em sua fórmula possuem como principal vantagem a absorção lenta, o que reduz sua toxicidade e aumenta o efeito desejado. Além disso, vasoconstritores não adrenérgicos, que não provocam estimulação catecolaminérgica no sistema cardiovascular, não geram a maioria das complicações decorrentes da anestesia local em procedimentos odontológicos e que restringem seu uso em cardiopatas. Este artigo faz uma revisão do uso de anestésicos locais, com e sem vasoconstritores, em cardiopatas, bem como das recomendações e estudos sobre a profilaxia contra a endocardite infecciosa em procedimentos dentários. DESCRITORES: procedimentos odontológicos, DCEI.
INTRODUÇÃO
Em portadores de DCEI, as orientações básicas para redução do risco de complicações associadas a procedimentos odontológicos estão relacionadas ao tipo de anestésico utilizado, ao vasoconstritor presente em sua fórmula e à profilaxia contra endocardite infecciosa. HISTÓRICO
A cocaína foi primeira substância usada como anestésico local. Em 1884, Sigmund Freud e Karl
Koller utilizaram-na para anestesiar a conjuntiva e
Halstead, para bloqueio do nervo mandibular. Sua substituta sintética, a procaína, foi produzida em