Estudo de Caso
Segundo as autoridades estaduais e UNICEF, a situação de Alagoas sobre a questão da Mortalidade Infantil era tão grave que foi considerada como calamidade pública, pelo Ministério da Saùde e pela Rede Interagencial de Informações para a Saúde. A taxa de Mortalidade Infantil de Alagoas, assim como de outros 19 estados brasileiros, era estimada com base nos censos demográficos e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) realizada pelo IBGE, gerando uma intensa reação do governo e da sociedade civil em diversos níveis.
A questão da Mortalidade Infantil em Alagoas foi melhorando em ritmo lento, de acordo dados do UNICEF em 2004 a cidade de Campo Alegre tinha uma estimativa de 983 gestantes, das quais apenas 316 estavam cadastradas no sistema pré-natal. O município de Delmiro Gouveia tinha 1.005 gestantes no mesmo ano, nenhuma delas cadastradas pelo sistema pré-natal. Em Santana do Ipanema a estimativa era de 1.005 gestantes, com cerca de 395 cadastradas no pré-natal.
Estes dados mostram que a assitência ao pré-natal em Alagoas apresentava de forma desiqual, A partir daí, surgiram esforços para reduzir o número de mortalidade infantil, sendo necessário investir na qualidade do pré-natal preparando as equipes e os postos de saúde a realizar a classificação de risco e vulnerabilidades da gravidez e quando forem detectadas devem ser encaminhadas à rede de referência em tempo hábil.
Por sua vez, a precariedade no acompanhamento pré-natal e dos serviços de saúde prestados nos municípios do interior ou nos bairros pobres da capital contribuía para transformar a Maternidade Santa Mônica e a Maternidade do Hospital Universitário da UFAL uma das únicas opções para a maioria da população de Alagoas. Em conseqüência disso seus profissionais conviviam com a superlotação das enfermarias, das unidades de tratamento intensivo neonatal, materna e até os corredores dos hospitais, por está operando com 130% de sua ocupação, o que eleva os riscos de