estudo de caso
IV Encontro Universitário da UFC no Cariri
Juazeiro do Norte-CE, 17 a 19 de Dezembro de 2012
Raiva Humana por Mordedura de Sagui: Relato de Caso
Warley Abreu Nunes1
José Lucas Tavares Anselmo2
Cláudio Gleidiston Lima da Silva3
1. Introdução
A Raiva Humana caracteriza-se por encefalite viral aguda, transmitida por mamíferos e causada por vírus do gênero Lyssavirus, pertencente à família Rhabdoviridae.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).
A transmissão se dá, em geral, através da mordida por animais infectados, que inoculam o vírus contido na saliva através de pele, músculo e tecido subcutâneo. Outras rotas de infecção são incomuns. O vírus da raiva migra ao longo dos nervos periféricos em direção ao sistema nervoso central em uma velocidade de 50-100 mm por dia através do sistema de transporte rápido axonal (WARRELL, 2004). Do ponto de vista fisiopatológico, a entidade mórbida ocorre devido à disfunção neuronal, anormalidades na neurotransmissão envolvendo, mormente, o ácido gama aminobutírico (GABA), e não pela morte celular (GOMES et al,
2012).
O perfil epidemiológico da raiva no Brasil, em estudo realizado, no período de 2000 a
2009, demonstrou um maior número de casos humanos ocorrendo na Região Nordeste (52,0
%), preferencialmente na zona rural (69,0%). As espécies transmissoras dos casos humanos foram, em ordem decrescente de frequência, cães, com (47,0%); morcego, (45,0%); primata não humano, (3,0%); felino, (2,0%); herbívoro, (2,0%); de origem ignorada, (1,0%). A transmissão por cães se dá preferencialmente na zona urbana (56,0%), e por morcegos, preferencialmente em zona rural (97,0%) (WADA, 2011).
A Raiva Humana reveste-se da maior importância epidemiológica por apresentar letalidade de 100%, além de ser doença passível de eliminação no seu ciclo urbano, por se dispor de medidas eficientes de prevenção tanto em relação ao ser humano quanto à fonte de infecção (MINISTÉRIO DA SAÚDE, op.