estudo de caso
Partindo desta consideração, Geertz critica o uso desenfreado do conceito de cultura seja por conceitos que são bastante abrangentes, no caso de Tylor, ou por conceitos bastante difusos, no caso de Clyde Kluckhohn. Da mesma maneira critica o uso limitado de conceitos de “experiência-próxima” ou de “experiência-distante”, pois os primeiros “deixariam o etnógrafo afoga em miudezas e preso em um emaranhado vernacular” (GEERTZ, 1997, p.88) e os segundos “o deixaria perdido em abstrações e sufocados em jargões” (GEERTZ, 1997, p. 88). Desse modo, o autor explica que a antropologia interpretativa não deve escolher qual dos dois conceitos é melhor que o outro, mas sim fazendo uso de cada um quando for necessário à análise.
Geertz defende que o conceito de cultura é semiótico, ou seja, “acreditando como Max Weber, que o homem é um animal amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu, assumo a cultura como essas teias” (1989, p.15). A análise dessas teias deve ser feita por uma ciência interpretativa que busca analiticamente os significados, e não por uma ciência experimental que busca leis.
Clifford Geertz centraliza sua análise no comportamento humano e, consequentemente, na ação simbólica. Neste ponto o autor aproxima-se bastante de Max Weber, pois aquele está preocupado em apreender o sentido das ações sociais. Percebemos isto ao destacar os estudos feitos sobre a “noção de pessoa” em Java, Bali e Marrocos (1997, p. 89). Foi buscando compreender as