INTRODUÇÃO O TCE é qualquer agressão ao cérebro, que acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do crânio, meninges ou encéfalo. Conforma Smith e Winkler (1994), pode ser originada por uma força física externa, resultando em um estado alterado de consciência e comprometimento das habilidades cognitivas e funcionamento físico. É uma patologia não degenerativa e não congênita. Os distúrbios causados pelo TCE podem ser permanentes ou temporários, com comprometimento funcional parcial ou total (OLIVEIRA et. al, 2007). Etiologia as principais causas de vítimas de TC incluem, nessa ordem, acidentes automobilísticos, quedas, assaltos e agressões, esportes e recreações e, projétil por arma de fogo (JONES, 2006). Incidência do TCE é maior para homens que para mulheres, em proporção de 2:1, sendo a faixa etária mais comprometida estando entre 15 a 24 anos (OLIVEIRA et. al, 2007). O trauma cranioencefálico (TCE) tem grande impacto na saúde da população em geral, tendo notória importância tanto na morbidade quanto na mortalidade, representando aproximadamente 15% a 20% das mortes em pessoas com idade entre 5 e 35 anos e é responsável por 1% de todas as mortes em adultos. Nos Estados Unidos, segundo Marik, Varon e Trask são admitidos por ano, mais de 250 mil pacientes com TCE e a cada ano ocorre óbito de aproximadamente 60 mil pacientes decorrente deste tipo de trauma. Koizumi e col. relataram maior taxa de incidência em menores de 10 anos (20,3%), seguida por pessoas com 20 a 29 anos (16,9%) e com 30 a 39 anos (16,1%). Nesse mesmo estudo foi encontrada uma taxa de mortalidade em pacientes internados por TCE de 10,2%. Colli e col. relataram taxa de mortalidade de 5,7%, variado de acordo com a causa do TCE. Aproximadamente 60% dos pacientes que sobrevivem a traumas cranianos têm sequelas significativas como déficit motor e cognitivo, trazendo grande impacto socioeconômico e emocional aos pacientes e seus familiares.