Estudo de caso sobre poder

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ESTUDO DE CASO*
Numa terça-feira às seis e meia da manhã, dois jovens operários de uma indústria automobilística, aborrecidos por não terem conseguido a demissão de seu supervisor, subiram a cerca de 3m da área de controle de energia, desligaram os circuitos e pararam uma linha de montagem de Transpower Corporation. Simplesmente tentaram resolver o problema por conta própria, pois o processo de queixa do sindicato não estava caminhando com a rapidez que eles queriam. Durante 13 horas, William Strong e Larry Kane fizeram seu protesto no compartimento de 2 x 2 m conhecido como gaiola da energia, incentivados pêlos gritos de seus colegas de trabalho.
Este protesto impressionante acabou em vitória, com a entrega, na gaiola da energia, de uma declaração por escrito, assinada pelo gerente da fábrica, em que se anunciava oficialmente que o supervisor tinha sido demitido e que não haveria medidas retaliatórias contra os manifestantes. Strong e Kane foram carregados nos ombros por seus colegas de trabalho. No dia seguinte estavam de volta ao trabalho de soldadores. Mas o supervisor, Sam Winfare, não estava mais no cargo, embora tivesse esperança de conseguir outro emprego na empresa.
Winfare, que tinha quatro filhos e que tinha sido despedido por "transgressões na área de pessoal", alegou que a demissão fora injusta. Explicando os fatos que levaram ao protesto da gaiola da energia e à sua posterior demissão, Winfare disse que a produção da linha de montagem estava sempre abaixo da cota antes de ele ter sido nomeado supervisor. Quando Winfare foi escolhido para supervisor, o gerente da fábrica tinha simplesmente dito a ele que seu trabalho seria aumentar a produção e que esta tinha, de fato, aumentado substancialmente no curto período em que ele fora supervisor.
Winfare disse que sua demissão abriria um precedente perigoso. "A ação da empresa cria uma situação na qual o funcionamento da fábrica está sujeito aos caprichos de qualquer empregado aborrecido" — disse