estudo de caso hotel Fasano
Márcio Kogan e Isay Weinfeld: Hotel Fasano
SIMETRIA, REFINAMENTO E AUSTERIDADE
Idealizado para ser um dos mais exclusivos hotéis de São Paulo, o Fasano foi projetado por Márcio Kogan e Isay Weinfeld, parceiros de longa data, mas com escritórios independentes. Após discutir idéias e conceitos juntos, eles dividiram tarefas ao longo dos sete anos de projeto: Kogan se encarregou do desenvolvimento daarquitetura e da interface com os projetos complementares e Weinfeld tratou dos interiores.
Localizado em uma rua de apenas um quarteirão nos Jardins, zona oeste de São Paulo, o hotel foi criado a partir da colagem de referências diversas, que misturam, entre outros, protomodernismo, art déco, minimalismo (àPeter Zumthor), pormenores de antigos edifícios anglo-saxões e influências da elegância e espacialidade deAurelio Martinez Flores, tudo em clima nostálgico.
O empreendimento ocupa um pequeno terreno em relação ao grande programa que abriga: dois bares, dois restaurantes, centro de convenções, áreas administrativas, sala de ginástica, massagem, piscina e 64 apartamentos.
O resultado é uma torre escalonada, com desenho reforçado por um jogo de volumes, cada qual com revestimento diferente. Esses volumes sobrepostos remetem a antigos edifícios art déco de Nova York, como oEmpire State (projetado por Shreve, Lamb and Harmon, em 1931), ou mesmo alguns prédios paulistanos, como o do Banespa (Plínio Botelho do Amaral, 1937).
A aparência do hotel revela raiz protomodernista, movimento do início do século passado que misturava elementos clássicos (como plantas simétricas, volumes compactos, forte relação do prédio com a rua, volumes fenestrados por pequenos vãos) e modernos (curvas, marquises e pestanas, ausência de ornamentos). Reforçando essa impressão, a torre é coroada por um relógio.
A graça da volumetria não está nos balanços estruturais ou na técnica