Estudo de caso: esquistossomose congênita
A toxoplasmose é causada por um protozoário intracelular obrigatório, o Toxoplasma gondii (T. gondii), que infecta quase um terço da população mundial. A transmissão materno-fetal do parasita só ocorre quando a infecção é adquirida pela primeira vez na gravidez, podendo acarretar sequelas potencialmente graves para o feto, nomeadamente, atraso mental e morte fetal. (COELHO, 2010)
Na toxoplasmose congênita, o parasita atinge o concepto por via transplacentária causando danos com diferentes graus de gravidade dependendo dos fatores como virulência, cepa do parasita, da capacidade da resposta imune da mãe e também do período gestacional em que a mulher se encontra, podendo resultar em morte fetal ou em graves sintomas clínicos. (DUNN et al., 1999). Assim sendo, o acompanhamento sorológico deveria ser periódico durante toda a gestação nas mulheres soronegativas, buscando o diagnóstico de uma possível primoinfecção. (VIDIGAL et al., 2002).
Infecção materna no segundo e terceiro trimestres de gestação: pode ocorrer prematuridade e ocasionar a chamada tétrade de Sabin: microcefalia, retinocoroidite, calcificações cerebrais e deficiência mental. (SABIN, 1942).
O feto pode apresentar hidrocefalia, resultado da estenose do aqueduto acompanhada, frequentemente, de obstrução da drenagem do sistema periventricular, necrose periventricular com macro ou microcefalia (em 50% dos casos), acentuada destruição da retina, retinocoroidite (em 90% dos pacientes com infecção), calcificações cerebrais (em 69%) e retardo mental ou perturbações neurológicas (em 60% dos casos), com sinais de encefalite com convulsões.
O recém-nascido também pode apresentar lesões iniciais como nódulos miliares disseminados por todo o encéfalo, ou em torno de focos necróticos; os ventrículos cerebrais podem estar dilatados e as lesões cerebrais podem se calcificar. (UEL, 2010)
A Enfermagem por ser ciência (dentre suas teorias) segundo Wanda Horta (1979 p. 13) propõe que “A conceituação