Estudo de Caso - Dell Vale
As crianças e o processo de compra.
Cada vez mais cresce o poder de compra das crianças, desde muito pequenas – três, quatro anos -, até a adolescência. Não só compram elas próprias, mas influenciam decisivamente na escolha de itens das mais diversas categorias: de alimentos a roupas e produtos de higiene; de brinquedos a computadores; locais de entretenimento a freqüentar e filmes a serem vistos (e revistos). Muitas companhias disputam a utilização do dinheiro que as crianças levam diariamente para as cantinas escolares. Muitos produtos são desenvolvidos e posicionados para o público infantil.
A questão que se coloca é como ter sucesso ante a proliferação de tantos produtos dirigidos às crianças. Como conseguir sua atenção e interesse? E, mais idealmente, como conseguir sua lealdade?
Sem dúvida, é necessário antes de mais nada entender os processos mentais das crianças nas suas várias faixas etárias, as quais correspondem a diferentes fases de desenvolvimento (cognitivo, perceptual, ético, de socialização, tipo de humor), bem como a diferentes reações emocionais, necessidades e desejos. Piaget, Erikson e outros autores desenvolveram estudos aprofundados sobre estes temas.
E, além disso, convém sempre pesquisar especificamente a reação das crianças aos estímulos mercadológicos que pretendemos efetivar: do produto e sua embalagem, à propaganda e distribuição.
Com tais objetivos em mente, a empresa Sucos Del Valle decidiu posicionar um de seus produtos, o suco pronto comercializado em caixinhas individuais de tetrabrik, 200 ml, para
Antes de lançar o Mini Valle Kids no Brasil, em 2001, a empresa vendia todos os sucos em embalagens com o mesmo padrão visual, destinadas ao mercado de sucos em geral, sem personagens desenhados, mas apenas com a foto da fruta evidenciando o tipo de suco em seu interior. As crianças não se identificavam particularmente com elas, a não ser pelo fato de serem pequenas e caberem em