Estudo de caso bauducco
A história da tradicional fábrica de bolachas e bolos BAUDUCCO tem início em 1948, quando o representante comercial Carlo Bauducco chega ao Brasil vindo da cidade italiana de Turim. O motivo para cruzar o Atlântico de navio não era agradável. Ele vinha cobrar uma dívida de máquinas de torrefação de café, importadas por um amigo, também italiano. Apesar de não falar uma palavra em português, conseguiu recuperar parte do dinheiro. Em vez de voltar à terra natal, o italiano então com 42 anos encantou-se pela cidade e decidiu ficar. O bom faro para negócios ajudou-o a perceber que o panetone era pouco consumido em São Paulo, onde havia muitos italianos e descendentes. Dois anos depois de sua chegada ao país ele já estava produzindo Panettone artesanalmente, enxergando a possibilidade de ampliar sua produção e comercializar a deliciosa receita italiana em toda a cidade de São Paulo. No ano de 1952 foi inaugurada uma pequena confeitaria chamada DOCERIA BAUDUCCO no bairro do Brás, bairro onde se concentravam os imigrantes italianos em São Paulo, que além dos deliciosos panettones, começou a produzir também biscoitos Champanhe, doces, salgados e petit fours. Carlo logo trouxe de Milão seu único filho Luigi para ajudá-lo. Como as vendas ainda precisavam melhorar, o Sr. Bauducco resolveu inovar mais uma vez. Ele teve a idéia de encher um avião de panfletos e “bombardeou” a cidade de São Paulo. Conseguiu ao mesmo tempo divulgar o panettone, desconhecido para muita gente, e vender todo o estoque em apenas três dias. Curiosamente, Carlo Bauducco não cozinhava. Para cuidar da preparação das guloseimas, o patriarca convidou o conterrâneo Armando Poppa, um habilidoso confeiteiro. Quando Poppa saiu para abrir sua própria doçaria, a Cristallo, em 1953, Carlo trouxe outros especialistas para substituí-lo, mas tomou o cuidado de preservar a fórmula original do doce recheado de frutas cristalizadas. O grande salto, no entanto, foi dado em 1962