estudo de caso 3m
O último emprego do jovem americano Richard Drew antes de começar a faculdade de engenharia havia sido o de tocador de banjo. Aos 22 anos e com pouco dinheiro, ele começou a procurar algo mais rentável. Suas respostas entusiasmadas numa entrevista na 3M renderam-lhe uma vaga na linha de produção de uma montadora para testar as lixas fabricadas pela empresa. Mas desde o primeiro dia de trabalho, o departamento de pintura, vizinho ao seu, era o que mais chamava a atenção de Drew. Os colegas da função ao lado usavam esparadrapos para demarcar áreas e proteger as partes do carro que não seriam pintadas. Mas se debatiam com um problema: a fita grudava na lataria de tal modo que, ao ser removida, deixava os veículos com pequenas falhas na pintura. Intrigado, Drew queria ajudar na busca por uma solução para o caso. Assim, no lugar de se dedicar às lixas, passou a pensar nos esparadrapos. Trabalhava escondido num projeto que testava colas e misturas não tão aderentes. Até que descobriu a fórmula de uma cola menos agressiva, que poderia ser removida sem causar estragos na superfície. Foi assim que ele inventou a fita adesiva, em 1925. E inspirou os diretores da 3M a implementarem uma política revolucionária para a época: os funcionários das áreas técnicas poderiam dedicar 15% de seu tempo a projetos individuais, algo que, várias décadas depois, empresas como o Google começaram a fazer. A história do jovem Drew ilustra duas descobertas importantes. Antes de tudo, retrata, de maneira evidente, a gênese de uma ideia revolucionária. Ele inventou um produto que segue inabalável até os dias de hoje, em que a tecnologia parece tornar tudo obsoleto rapidamente – menos a fita adesiva. Mas também serve para mostrar como a inovação percorre caminhos nem sempre tradicionais ou previsíveis. Na 3M, ela não veio por meio de técnicos contratados para trabalhar com pesquisa e desenvolvimento, por exemplo. Richard Drew é considerado um marco na história da