Estudante
SUMMERSON, John – A Linguagem Clássica da Arquitetura. 3ª Edição – São Paulo, São Paulo; Martins Fontes, 1999.
Capítulo 4
A Retórica do Barroco
A obra de Miguel Ângelo apesar de não possuir a originalidade da capela Medici, possui uma característica marcante que se desenvolveu. Pode-se citar suas pilastras extremamente altas que também equivalem a dois andares, um aberto no térreo e com paredes e janelas no andar superior, coisa que nunca foi feita pelos romanos. Outra característica sua é o uso de duas ordens para caracterizar dois andares.
O movimento pré-barroco na Itália denomina-se ‘Maneirismo’, ou seja, um estado de espírito da época em que as produções possuíam certa artificialidade. A igreja de Gèsu, por exemplo, não possui um ritmo, a volumetria é sobreposta assim como os pilares. Na época era considerada uma arquitetura de caráter e necessária, que deveria existir em contrapartida ao que era produzido até então.
O barroco pode ser considerado retórico, por possuir uma oratória planejada e persuasiva, apesar de não ser puro, já que não adianta existir uma palavra para que exista um conceito puro sobre ela. É um movimento que usa a linguagem clássica com força e drama para persuadir a verdade que tem a comunicar.
Caderno de Imagens:
A ordem “colossal” de Miguel Ângelo, em que uma unidade de pilastras recobre todos os andares, e individualmente para cada um deles uma ordem é empregada. Já o maneirismo mistura elementos, painéis em diferentes planos e uma sobriedade estética maior, já para o barroco as volutas são marcantes.
Capítulo 5
A Luz da Razão - E da Arqueologia
A base de toda a linguagem clássica baseia-se sempre em alguma filosofia. A partir do pressuposto que as ordens na arquitetura corporificavam um principio absoluto de verdade e beleza, o arquiteto poderia usá-las e ama-las para gerar esse principio no coração alheio.
Na França em meados do século XVII surgiu a indagação sobre o porque da beleza