Esterialização e desinfecção
Desinfecção é o processo que elimina todos os microorganismos ou objetos inanimados patológicos, com exceção dos endosporos bacterianos. Esse processo não deve ser confundido com a esterilização, visto que não elimina totalmente todas as formas de vida microbiana. Por definição, os dois procedimentos diferem quanto à capacidade para eliminação dos esporos, propriedade inerente à esterilização. Alguns desinfetantes, os quimioesterilizadores, podem eliminar esporos com tempo de exposição prolongado (seis a dez horas). Em concentrações similares, esses mesmos desinfetantes, em período de exposição menor do que 30 minutos, por exemplo, podem eliminar microorganismos vivos, com exceção dos endosporos bacterianos, sendo então denominados desinfetantes de alto nível. Outros podem destruir bactérias vegetativas, fungos e vírus lipofílicos em aproximadamente dez minutos (desinfetantes de baixo nível) e há os que destroem o bacilo da tuberculose e vírus hidrofílicos em períodos algo superiores a 30 minutos (desinfetantes de nível intermediário). Feitas essas considerações, pode-se concluir que os germicidas diferem entre si basicamente quanto ao espectro antimicrobiano e à rapidez com que agem.
Outro processo envolvido no controle da infecção hospitalar é a limpeza, que consiste em remoção de materiais estranhos aos objetos (como sangue, fragmentos de tecidos orgânicos, sujeira, etc.) com água, podendo-se utilizar também algum tipo de detergente. A limpeza deve, obrigatoriamente, preceder a desinfecção e a esterilização.
A descontaminação é o processo pelo qual um objeto tem removidos os microorganismos patológicos, tornando se seguro para ser manuseado pelos profissionais competentes. Em 1968, Spaulding propôs uma abordagem racional à desinfecção e à esterilização, dividindo o material usado nos cuidados