Estudante
19/02/2008 - Grupo Escolar
Um simples mergulho numa região de recifes de corais, em qualquer um dos mares tropicais do mundo, nos dá uma boa ideia do que significa biodiversidade.
Esse tema, que tem despertado vivo interesse e muitas discussões nos meios científicos e entre entidades ambientais em todo o mundo, se refere à grande diversidade, variedade de espécies que povoam a Terra, e à importância que isso representa para a humanidade.
A Grande Barreira, com cerca de 2 mil km de extensão, na costa nordeste do continente australiano, é uma das mais belas paisagens submarinas conhecidas e estudadas, por ser um rico e produtivo ecossistema. Durante milhões de anos centenas de diferentes espécies de corais construíram lentamente os grandes paredões submarinos, formados por esqueletos calcários que sustentam suas colónias multicoloridas, de milhares de pequenos indivíduos interligados, os chamados pólipos.
Cada pólipo, que pode ser microscópico ou de alguns centímetros, é um indivíduo carnívoro que se alimenta de plâncton*, além de viver em mutualismo* com algas microscópicas, instaladas nas células de suas paredes corporais.
Esses recifes servem como pontos de fixação para um grande número de organismos que pertencem aos mais diferentes grupos de vegetais e animais. Vivem aí algas verdes, vermelhas e pardas, parecendo folhagens de formas variadas que balançam suavemente sob as correntes marinhas. Entre elas crescem esponjas, rosas-do-mar, ostras, mariscos, lírios-do-mar, vermes tubícolas* e até ascídias, animais que pertencem ao mesmo grupo que reúne todos os vertebrados. Dentre as espécies que se locomovem livremente por arrastamento, sobre as rochas e no fundo lodoso ou arenoso, são muito comuns as estrelas, ouriços e pepinos-do-mar; muitos moluscos, como por exemplo lesmas marinhas, caramujos e polvos; além de crustáceos, como os caranguejos, camarões e lagostas. Muitos vermes vivem enterrados na areia, onde há toda uma variada fauna, incluindo os