Estudante
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Nos últimos anos, a historiografia educacional brasileira tem sido amplamente reconfigurada por definições temáticas, conceituais e metodológicas que põem em questão a sua forma tradicional.
Nota-se então, alguns constrangimentos teóricos e institucionais que marcaram o processo de constituição da História da Educação como disciplina escolar e campo de pesquisas.
Em 1990, a autora Warde diz que: “na sua gênese e no seu desenvolvimento, a História da Educação Brasileira carrega uma marca que lhe é conformadora: a de ter nascido para ser útil e para ter sua eficácia medida não pelo que é capaz de explicar e interpretar, mas pelo que oferece de justificativa para o presente”.
É utilizado então o termo “presentismo pragmatista” para o processo que instituiu a disciplina.
A História da Educação então, foi colocado no campo da Educação como ciência da educação ou ciência auxiliar da educação e não como especialização temática da História.
Essa subtração da História da Educação no campo da História subordinou-se aos critérios de hierarquização e composição dos investimentos teóricos nas mãos de um grupo de intelectuais chamados renovadores da educação.
A História da Educação foi apartada da investigação histórica e secundarizada no campo da educação, fazendo parte como disciplina escolar nos cursos de formação de professores nos anos 30, e sendo também subordinada a Filosofia, configurou-se como caráter formativo e moralizador.
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A partir da década de 50, estudos de História da Educação começam a ser produzidos, porem segundo Warde, com um caráter hegemônico onde “a memória dos renovadores se apropria dos fatos e é, enfim, erigida a condição de conhecimento histórico”, o que se refere ao “presentismo