estudante
Ministério da Ciência e Tecnologia
Coordenação de Processos Minerais - COPM
Talco
Capítulo 29
Ivan Falcão Pontes
Engenharia de Minas, D.Sc.
Salvador Luiz Matos de Almeida
Engenharia Metalúrgica, D.Sc.
Rio de Janeiro
Dezembro/2005
CT2005-141-00 Comunicação Técnica elaborada para Edição do Livro
Rochas & Minerais Industriais: Usos e Especificações
Pág. 607 a 628.
Rochas e Minerais Industriais – CETEM/2005
607
29. Talco
Ivan Falcão Pontes1
Salvador Luiz Matos de Almeida2
1. INTRODUÇÃO
O talco é uma matéria prima mineral de largo uso na indústria moderna. Sua composição química, estrutura cristalina e textura podem lhe conferir um amplo espectro de propriedades tecnológicas que encontram aplicações tão nobres como na elaboração de cosméticos, tintas e cobertura de papel quanto em aplicações mais simples, como fundente na indústria cerâmica ou mesmo carga inerte na fabricação de tintas, borracha, inseticidas, fertilizantes, papel etc. (Shimabukuro et al., 1979; Mineropar, 1988; Pugsley Jr. et al., 1990; Mineral Commodity Summaries,
1995).
Embora dispondo apenas de reservas moderadas (da ordem de 117 milhões de toneladas), o Brasil se encontra entre os principais produtores mundiais de talco, denotando condições de auto-suficiência sob o ponto de vista quantitativo.
Sob o ponto de vista qualitativo, o que se verifica é que o talco brasileiro sofre somente operações elementares de beneficiamento, tais como britagem e moagem, sendo que a maior parte da produção se destina ao uso cerâmico. A pequena fração de talco produzida para usos mais nobres é proveniente de uma lavra seletiva e, antes de ser comercializada, é submetida apenas a uma secagem e moagem (Berg e Loyola, 1987; Pereira, 1988, Luz et al., 1990; Martini, 2004). Esta situação reflete o atraso tecnológico da mineração de talco no Brasil:
(i)
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2
A produção de talco se encontra a cargo de pequenas e médias mineradoras que,