Estudante
Apesar do que é comumente pensado, a escravidão ainda existe, e a exploração sexual está no terceiro lugar entre atividades ilegais mais lucrativas, antecedida apenas do narcotráfico e o contrabando de armas, rendendo anualmente ao crime organizado internacional, cerca de 32 bilhões de dólares, de acordo com a ONU. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho) é calculado que cerca de 2,4 milhões de pessoas são traficadas todos os anos, desses, 25% são para transplante de órgãos, servidão domestica e adoção ilegal, 32% exploração econômica ou trabalhista e cerca de 43% é referente as pessoas traficados com fins de exploração sexual, esse grupo subdivide-se em três grupos de vitimas: mulheres, travestis, crianças e adolescentes.
De acordo com Ela Wiecko V. de Castilho (Doutora em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina, e professora Adjunta IV da Universidade de Brasília) o Brasil fornece mulheres para diversos países e que em geral, um grande déficit de direitos fundamentais é característica de países fornecedores de pessoas traficadas para fins de exploração sexual.
Segundo a PESTRAF (Pesquisa sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para fins de Exploração Sexual Comercial no Brasil) esse tipo de mercado move-se pela grande demanda de compra de serviços sexuais e pela falta de fiscalização, somados ao grande número de pessoas vulneráveis socialmente. Vulnerabilidade essa provocada pela desigualdade econômica e social, miséria, fome, falta de oportunidades trabalhistas, violência doméstica entre outros que acabam enredando pessoas por promessas de empregos bem remunerados, reconhecimento profissional, boas condições trabalhistas e sustento da família. Porém essas “oportunidades de ouro” transformam-se em armadilhas, e essas pessoas, são submetidas a uma série de humilhações e agressões, ficando enclausuradas em boates e casas de prostituições, onde o narcotráfico e o contrabando de