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“O contrabando a serviço da sociedade”
Rodrigo Gonçalves elabora um texto que faz uma análise crítica e bastante esclarecedora sobre a proteção tarifária. Ele inicia esse capítulo apresentando uma forma de proteção tarifária com possíveis fins benéficos, mas que de qualquer maneiras apresenta pontos negativos no seu decorrer. Esta deve ser feita de maneira provisória, a princípio a proteção beneficiaria empresas com baixo potencial produtivo e isso deslocaria capital de setores mais produtivos para os menos produtivos, ponto negativo. Por outro lado, essa proteção serviria como apoio para o desenvolvimento tecnológico das empresas protegidas para que futuramente mesmo sem a proteção tributária elas possam competir igualmente com empresas estrangeiras, ponto positivo.
Essa é a teoria do que deveria acontecer, mas não é possível avaliar apenas com essas conclusões se esse tipo de intervenção tributaria elevará ou não o nível de eficiência de um país, é necessário um estudo empírico mais aprofundado de outras experiências parecidas com as que se pretende aplicar para visualizar uma realidade mais próxima do que pode realmente acontecer.
Foi feita então uma avaliação no Brasil sobre uma medida de proteção tarifária na área de computação, pelos pesquisadores Eduardo Luzio e Shane Greeinstein. Concluíram que as empresas de computação que receberam essa proteção não tiveram praticamente nenhuma redução significativa dos seu preços. No final das contas percebe-se que essa medida trouxe apenas prejuízos, nos anos 80 os computadores se tornaram indispensáveis em empresas de todo o mundo, mas diversas empresas nacionais se viram em desvantagem pelo alto custo desses aparelhos devido a proteção tarifária. Além disso os computadores, por serem tão caros eram acessados praticamente pelos mais ricos, isso criou uma barreira comercial no setor da informática o que aumentou ainda mais as desigualdades social já que os que não tiveram acesso a essas